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A mostrar mensagens de 2007

Sublinho pensamentos com tinta..

Será que alguma vez me perguntei a mim próprio qual o significado da minha escrita, será que procuro entender em mim o complexo porquê do que a minha alma me dita, porque será que o meu subconsciente é vagamente transformado em tinta, ou apenas palavras, escravas de um significado que só eu sei, tema gravado em todos os índices que guardei, criei, imaginei por entre ondas de coragem, escorregadias, ondas de coragem suavemente vadias num mundo só meu, meu e dos meu versos, complexos eu sei, não seria de esperar ideia distinta, eu não teorizo ideias de uma enciclopédia ou dicionário, pelo contrário, eu sublinho pensamentos com tinta..

A paixão rega a vitória..

São vozes que acordam em letras de poesia, palavras que mentem às próprias palavras de um dia, rasgos postiços de uma outra atitude, o tempo que bate no fundo, sem que mude, um outro abraço, métricas abstractas daquilo que faço, paro.. o tempo é escasso. Apenas minto nas memórias que o meu subconsciente me dita, minto nas imagens que desenho com a minha escrita, minto em todos os versos vazios , sem significado, como que acordes simplificados no mais belo fado, afecta a melodia, mas não soa desafinado! Não temo as palavras dos meus poemas, não temo as histórias complexas dos mais variados temas, não temo a hora de acordar, durmo ansioso eu sei, porque não temo o medo do sonho acabar, não temo a hora em que o relógio ameaça parar, temo apenas o que não temo, por não saber com o que esperar! O caminho é um gesto vacilante sem a possibilidade de voltar, o destino é uma vitória sorridente que aprendi a criar, o receio vagueia na viagem sem horizonte, agua que transborda para fora da fo

Prosas que naturalmente crio..

Palavras e versos soltos são os que hoje dito ao meu pensamento, grito o que sei em imagens que nunca vi e poesias afinadas pelo diapasão do sentimento, palavras tão soltas que estranhamente voltariam se as largasse ao vento, têm tempo de conjugar a realidade... A realidade é um misto de ideias contraditórias que se conjugam em belas histórias. Hoje a contradição minimiza os sustos da sensação, a ilusão procura enquanto a alma não se compromete em vão, a noite mais vadia murmura versos meigos de uma nova canção, navega a melodia, vadia regressa inimiga maior do lixo da pressa, o que diria a poesia que não rima mas que estima apenas as palavras, escravas de um significado que teima em harmonizar, que acorda rasgados enfeites de um novo sonhar, mais macio, por vezes são assim confusas mas de significado tão belo as prosas que naturalmente crio..

Apaixonante..

Renasci num ápice de um ressurgir, as palavras que me magoam agora fazem-me rir.. sinto-me frágil nas ondas que liberto, navego sóbrio, desperto, rigoroso império, asas que me guiam abraçadas a um novo critério de vitória, a noite agora é meiga e acorda no começo da história. Tristeza?! Espalhei os meus dicionários sobre a mesa, nada encontrei, o significado de outrora não sei onde guardei, espelhei a procura, de noite escura caminhei para manhã serena, partilhei o papel principal no inicio de uma nova cena, novo guião em noite suave, clave de uma outra composição, o inicio de toda uma nova partitura na desigualdade da canção, a melodia perdeu-se nas palavras enquanto a pauta afigura uma nova estação, faz frio diante do teu rio, mas nada temo colado ao teu gesto, fecho os olhos emergindo no teu sorriso, esqueço tudo o resto, capto o aviso tão meigo de tão meigo paladar, o destino é um caminho, o momento é o mais belo que o momento mais belo pode criar.. Sente o meu gesto abraçado ao

Está para chegar..

Hoje posiciono as minhas palavras nesta partitura, imagino os gestos em afirmações de ternura, claves como chaves fechadas na cura, iluminadas num cravar de ideias em pedra dura, a noite é escura mas fascinante, um novo olhar de diamante que não sabe que encanta, apenas brilha por entre a trilha num novo acorde que se levanta, sonante, amante da tempestade, agasalhado pela melodia e protegido pela saudade das canções de um dia, um dia que está para chegar..

Palavras que pacificam o meu espaço..

Assim.. perco-me em palavras e no gesto, mergulho no infinito e esqueço o resto, grito em toque mudo, ataco o escudo, navego e me afogo, finto o aroma mais meigo ao mesmo tempo que o procuro, acordo, abro os olhos, está escuro, não tenho medo, sou afirmação exagerada em motes de coragem, o primeiro passo da viagem que não sei onde vai dar, o triunfar do destino enfeitado de todo um novo paladar, confuso, fascinante, acorde distante tão perto do que não sei, partitura que não fui em que criei mas interpreto, com afecto, ternura, adormeço em melodia com a noite como cura, onde o olhar se cruza e nos confunde assim, em carinho, oiço o rio, está perto, está frio, caminho desperto, sem pensar, prefiro entregar-me aos momentos que o próprio momento soube criar, suave, tão suave a janela de saída, perdi a chave mas a porta está aberta, para a vida, aberta para os segundos, fechada para tudo o resto.. Não sou poeta, não sou escritor, não sou marinheiro nem navegante no amor, não sou prosa, n

Não sei..

Não sei.. Não sei da noite nestes dias, não sei da luz apagada que vias, do que mereço, não sei lembrar-me do que não me esqueço, não sei da fogueira de verão onde me aqueço, não sei da alma perdida quando me encontra, não sei navegar curioso nesta onda, não sei mentir ocultando a verdade do que há-de vir, não sei chorar quando tento sorrir, não sei alvejar o oculto do mero sentir, apenas caminho, não sei voar sobre as asas do destino, não sei dançar quando desafino, não sei viver quando adormeço, não sei das notas desafinadas que não mereço, não sei da partitura que não me esqueço, venço não sabendo, querendo alcançar o que não me alcança, vivendo e em suaves harpejos apelar para que vença, não sei da noite, nem da crença, não sei do dia, não sei de nada e do que tinha a certeza que não me esquecia, não sei cortar a recta, não sei se acordar assim me afecta, não sei olhar quando fecho os olhos, desconfiado, faço por sonhar num salto viciado, não sei adormecer em suaves notas do mais

Navega no meu rio..

Nestes ventos, arredondadas distâncias em suaves momentos, macios, num lado mares no outro rios repletos de plenitude, virtude que se esconde em carícia, malícia bondosa e suave, num lado a nota aguda no outro a grave compõem a harmonia, fã enorme em melodia, assim te via noite e dia, meus dois encantos que complementam um ser, ternuras, não deixo de as ver, tocar, deus criou o mundo para eu as encontrar e agora.. agora o destino pinta com doces pinceladas as curvas do teu rosto, teus falados encantos, quadros transparentes em mantos brancos, não é só suavidade ou toque macio, é o barco que vaidosamente navega no meu rio..

Mar que corre..

Não penso, virei um pensador vadio no consciente do tempo, deixo a ternura correr, o vento marcar o caminho sem querer saber, apenas confio, faço por ser apenas um espectador nas próprias palavras que crio, ternas, ondas eternas por onde navego sereno, barco que embora pequeno não me deixará naufragar, a nova melodia na pauta deste mar, o maestro navegante, distante do que um dia foi tempestade, um novo conceito de saudade, admiro, és um novo ar que sufocado respiro e acordo assim, sem sequer adormecer.. Virei o acorde solto desta canção, tu melodia vadia que encanta a estação e as palavras, as palavras são as cinco linhas da partitura, a primeira a semelhança, a ultima a ternura, no meio a distância, em nota pura e as que sobram.. os momentos decidem o acorde ou a cura.. Como a noite calma, macia, que correu breve a caminho do dia, um gesto, uma carícia e palavras que deram cor à poesia.. Navego suavemente na melodia que o vento cria, nostalgia logo ao quarto dia, quem diria.. na

Eu.. não sou só eu..

Poema de dor rasgado, sonho e danço à medida que avanço, curado, num misto de samba e fado, ritmo batido num poema falado, gestos vadios, desvios permanentes, diferentes navios em mar calmo, sereno, convés de virtude palmo a palmo, noite navegante em onda triunfante, dia distante tão perto do que sei, sensação que levei e trago na rua do destino, no fino inquebrável rosto que sorri, que vê não só isso mas muito mais em ti, em tudo, quase perco as palavras num poema mudo em acordes melódicos, tons tónicos, fortes, fascinantes, cortes de sabor, longe de distantes, como que se o vento soubesse criar amor, sentimento, acordo num bocejar solto ao relento, não entendo o tempo, apenas isto, apenas tudo, apenas nada, apenas.. O vento sopra forte de norte, na minha direcção, mas não me afasta, harmoniza-se na canção, na melodia do meu dia, na balada, suavemente criada, quem diria, hoje nasce o sol na noite que não queria! Será que só agora se criou o sonho real no que faço, ou são apenas os g

Gestos de nostalgia..

Amanhece, sinto um tom terno, pelos vistos eterno, sinto um ar calmo, sereno, que alimenta a nostalgia, um toque suave de versos de um dia, versos que nunca ousei escrever, toques em fascínio que nunca tentei entender, apenas deixei fluir, abri a estrada dos sorrisos, do sentir, dos avisos do coração, harmonia, uma brisa tão intensa mesmo fora da estação, o olhar que te via quando me olhavas, parecia profundo, um outro mundo, uma prosa sem palavras mas tão intensa, hoje a minha alma sorri quando pensa.. Solto agora versos puros como se fosse um poeta, um jardim perdido no encanto de cada pétala, de cada flor, o escuro nocturno transformado noutra cor, mais suave, mais.. um sonho colorido de prosas por tornar reais, palavras por dizer, gestos rasgados em sentimento, versos que se soltam em carinho ao vento mas que voltam, noutro tom, noutra melodia, quem diria que um dia adormecia tão perto de sonhar mas que só encontrava o sonho ao acordar.. Sinto-te tão perto mas sei que navego tã

Onda das marés..

Mais que uma onda das marés, de água pura, nua navegando a teus pés, num silêncio.. tão puro.. raio de luz em tempo escuro, num gesto, num carinho, um traçar de um caminho onde nasce a vitória, relógio magoado do destino que passa hora após hora, quantas mais voltas menos chora. Que vida tem a vida quando não vivida, que valor tem a dor já não sentida ou que sentimento é aquele que deixa até a nossa alma esquecida?! Um sentimento é um sentimento, o vento guarda, a chuva sopra ao relento, o coração controla a ilusão que desliza longe da solidão e desalento. Acordei, mais uma vez, o sim de um dia agora já nem chega a um talvez, o não cravou-se na ideia, nos porquês, o silêncio cortou a veia da saudade, nada aconteceu, não doeu, não senti, não.. sempre não, apenas os acordes se juntaram à canção e a melodia.. a melodia agora toca sem composição, vagos improvisos disfarçados em vão, acordes soltos, orquestra de maestro surdo sem pauta nem diapasão. Coragem, o tempo molha enquanto a chuva

Mesmo que o tempo passe para lá da estação..

Bate o tempo, corre o espaço, não lamento nem o faço, não procuro nem o sinto, não recordo porque minto, não.. sou o gesto mais forte da negação, o triunfar das derrotas da solidão, o silêncio terno de quem vagueia, fonte de angustias e ideias, o canto desafinado das sereias, o prazer do tempo que já não foi, do pensamento no momento que já nem dói.. Sou censura, sou o cavalo desfocado na pintura, a palavra meio apagada da gravura, a parede inultrapassável em pedra dura, a alma que a natureza já não fura, o corpo fascinado que a saudade simplesmente já não atura. Sou isto, sou muito mais, nostalgia em prosas reais, gémeos de vida falsos mas iguais, natureza, a onda que transpira beleza sem razão, acorde, melodia sem canção, chuva seca no verão, partitura rasgada?! Já não.. o tempo perdeu-se para lá da estação.. Tempo, tempo, falo do tempo que vai passando, hoje foi sorrindo, ontem chorando, amanhã falo, depois já canto, num dia perco a beleza na outra ganho o encanto.. mas o tempo, n

Mergulhei..

Mergulhei.. mergulhei numa ira que jamais imaginei, flutuei.. ansioso à deriva, voei, por entre ondas de coragem, no culto e na miragem, fora do destino no primeiro passo da viagem para longe, para perto, ou para outro lado nem sei ao certo. Não lamento, aceito, corto a ria que me vem de dentro, do peito, submerso em coragem, do meu jeito, não temo, não sofro, já nada me magoa, neste frio, no calor deste rio, não mereço o vazio por onde o meu grito mudo ecoa.. não mereço.. Já nada sei ao acordar, por vezes nem sei bem se acordei, a realidade é mais forte que o sonho bem sei, não conheço razão, desilusão?! Longe, a curva guiava à ilusão, o acorde falha, mas não a canção, a nota foge, a melodia treme neste barco sem leme, neste vazio completo, ou no completo vazio, sem mim, sem nada, a coragem não teme, enfrenta, fruto de um destino roubado à nascença e que mesmo assim carinhosamente espera que vença!! Não me entrego, há tantos caminhos que quero percorrer, longe dos lamentos e de tu

Mensageiro de palavras mudo!

Resolvi mexer na vida, nos laços por onde vagueia a minha alma esquecida, minto num gesto que complementa a verdade, os ritmos que intensamente se perdem na saudade, na ausência, paciência.. é mesmo assim a realidade. Não temo, em palavras repetidas, já temi de mais, os versos perdem-se em prosas irreais, rosas desiguais, sem cor definida e pétalas que amargam a dor esquecida, ou lembrada, cada palavra me faz lembrar um tudo no nada, faca afiada sem ter onde espetar, alma encarnada num corpo morto num vazio que deus se esqueceu de amar.. Sinto que não sinto o que realmente sinto, porque sinto que o que sinto se o negar simplesmente minto! Mas não tenho opção, sou uma verdade presa em motes de paixão, irreal, palavras ocultas sem razão, igual a mentira, de safira a calçada, de flecha perdida.. Sei tanto de tudo e tão pouco da vida.. adopta-me, quero ser teu, prometo que me esqueço de tudo o que até agora doeu, sinto-me tão mal neste paraíso e ao mesmo tempo tão bem neste inferno, uma

Ultimas palavras sobre nada.

Acordei, pintei os versos, palavras e gestos em contradição, a sensação vibrando ao tom do diapasão, sem nota, solta, em vão, ilusões, ideias em emoções, pensamentos como que em prisões, diversas, fogos em ondas submersas, corridas em barreiras diversas, o amarelo num vermelho desperto, o preto num branco coberto, o transparente por cima de outra cor, diferente, quem vive, vive, quem sente, não sente.. é assim o ideal no conforto da mente, porquê entender, são apenas palavras desta prosa, magia, ritmos distorcidos em contratempo na melodia, pára maestro, não quero ouvir o resto…. Parou… não oiço nada… alguém ouviu o meu protesto. Desta vez é verídico de forma errada, são as minhas últimas palavras sobre nada.

Sem receio, sozinho..

1º Acto: Tão meiga a aragem que preparava a viagem, tão gentil a sensação vagueando na margem, tão terno o abraço que embarcava o inverno, parecia eterno de tão suave, de tão belo, um passeio pelo jardim no mais belo castelo, colhendo a flor que ao desabrochar em mim me revelo, sorrindo, não querendo ficar, partindo, de mãos dadas com o sonho e com a vida, jamais esquecida, sarando à partida uma futura ferida, de acto em acto confusamente sentida, ténue, cada vez mais ténue.. 2º Acto: Escureceu e de olhos fechados para a vida tanto me doeu, vagueio no tempo, sozinho, longe de tudo e de nada, do pensamento, do sol e da geada, da primavera que já nem espera, das ondas que navegam em sentido contrário, das palavras que me consomem bocado a bocado, dos sonhos que não se escondem, perdem-se nos acordes distorcidos do mais belo fado, nas cordas partidas do instrumento desafinado, vazio, não sinto nada, sinto o frio, não sinto nada, só sinto quando ansiosamente fecho os olhos e me minto,

Sinceramente, dói!

Acordei.. acordei de uma noite em branco num manto de palavras soltas, tanto para escrever, tanto para dizer num rasgar de ideias envoltas.. limita-me o que escrevo, os versos que devo, que entrego à minha prosa, de cravo a rosa, de lírio a nada, de nada a ideia, de ideia a versos, submersos por definições esquecidas, rigorosamente perdidas tão perto do adeus.. Eu sei que sou só isto, uma ilusão enquadrada outrora perto do abismo, uma atitude, uma desilusão de ideias em virtude do que nunca acreditei, ilusão de consciência que inutilmente alimentei, o rasgar absurdo de versos que me magoam, mas que de todos os acordes tristes que entoam me cura num caminhar triunfante do sonho apagado ao passado em noite escura, nua, iluminada pela.. pela saudade.. Não percebo, porque escrevo afinal?! Será forma de me entender num comportamento desigual, será forma de me esquecer por ideias que não param de doer ou será apenas?! Não percebo, talvez seja mesmo apenas!! Escrevo porque escrevo, escrev