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A mostrar mensagens de 2008

Uma nova poesia..

Fogo que arde em noite escura, a cura em jeito de ópio na distância da amargura, tinta transparente na saída poente, giro de um lado, caminho de frente, hoje é assim, amanhã será .. diferente? Não sei se fico, não sei se tente, consigo, não sei se olho, se me escondo, se te leve, se me levo, se rodopio, se me perco, se me entrego, entrego-me, perco-me no gesto, um resto de aventura na realidade invulgar, na suavidade de um circulo obsceno que o momento soube tão bem criar, tão, tão nosso e quando assim me sinto eu sei que posso, pois posso, limito a minha escrita, a caneta transpira gotas de tinta por entre nós, oiço tão baixinho a tua voz, em jeito de suspiro, o ar que meigamente respiro, hmmm.. intenso, imenso vazio que me complementa quando te complementa, hoje a noite é esta e amanhã será mais e mais intensa, única num momento de fulgor, criando momentos em encostos e gestos numa outra cor, já sei de cor a sensação sempre surpreendente, ora igual, ora diferente mas sempre um fascín

Não acordes, não penses, escreve..

Fujo da vontade de um olhar em frente, o destino obscuro foge do presente, são histórias loucas de fundo intenso, imenso mar calmo e inconsciente, ideias perdidas entre a espada e a parede, aventuras escondidas em ternuras suaves em harpejos dominantes, notas agudas, dores e curas, fontes de ideias e contradições, melodias soltas sem espaço nas canções, confusas, domínio esquecido nas ideias que tu sensação já não usas, acessórios de imaginações, sonhos escondidos em prisões, sem porta de saída, só a noite adormece o amanhecer, quando o anoitecer acorda o dia. Por vezes as palavras parecem tão confusas, os actos tão confusos, até as certezas parecem tão confusas.. acordo, mas os olhos não abrem, será que realmente acordei? Sinceramente não sei, ou sei que o que sabia não sei mais, agora o exterior parece-me repleto de ideias originais, sem antecedentes, formas de cores pálidas, incoerentes, sem lugar geométrico, sem definição matemática, até a corda mais afinada da minha guitarra ago

Hoje, porque me pedes, sou poeta..

Poesia.. Hoje, apenas porque me pedes, entrego as minhas palavras em ondas de destino e escrevo o teu nome navegando nas mais meigas palavras de carinho, é esta a mais bela poesia que posso sublinhar. Como sabes eu não sou poeta, sou apenas o mensageiro das prosas que os momentos teimam suavemente em ditar, sou as palavras escondidas nas minhas prosas mais claras, letras raras de um abecedário invulgar, dicionário de outros significados, por descodificar, sou tudo do que o nada pode definir, sou tudo o que fui e sou num rigor do que há-de vir, sou maratonista sem meta, sou realmente a personificação da minha escrita, secreta e hoje, apenas hoje, porque me pedes, sou poeta..

O teu eu..

Sinto.. os gestos sabem que não minto, a meiga canção solta nota a nota todo o teu acorde à espera que eu acorde, tão linda a melodia, a partitura dos momentos em sentimentos de harmonia, palavras ditas em silêncio ao nascer do dia, terno amanhecer, podia ser eterno no encanto de novas cenas, tu serias cura ou o ópio das minhas prosas, teus poemas, serias jardim de rosas encarnadas, riacho de aguas encantadas onde só o sorriso pode navegar, a personificação do paraíso no teu paladar, o ser mais puro que deus ousou criar, apaixonante, um olhar em forma de diamante, mas com mais valor, o beijo gelado em duplo sabor. Serias simplesmente tudo nos mais belos versos de um poema teu, serias as palavras mais doces e meigas que todas seriam sempre poucas para descrever carinhosamente o teu eu..

O meu eu a fugir de mim..

Acordei.. acordei de todos os sonhos que esqueci quando os lembrei e das ideias confusas que não fui eu que as criei.. Acordei, tonto, não cai, mas as notas que me levantaram hoje já esqueci.. Acordei diferente, acordei fora de mim, acordei num dia que preferia nem sequer acordar, acordei assim.. Tantas razões, tantas ideias desgastantes, tantos sublinhados que já não são como antes, tantas palavras que queria ditas, tantos gestos que tu sensação já não imitas, tantos poemas de versos trocados, sonhos enfeitados por controvérsias, confusas, só queria estar perto no caminho que tu sensação cruzas, só queria estar, esquecer indefinidamente de me lembrar, olhar sem ver e no cruzamento mostrar-te sensação o que te quero dizer.. nada.. dizendo tudo, tudo, sem falar, sem escrever.. Hoje, exclusivamente hoje, sinto-me areia no deserto, tão só, com tanta gente perto, tão solto, tão preso sem saber ao quê ao certo. Sinto-me esquecido nos meus próprios versos, figurante sem guião na minha pr

Pensamentos suavemente abstractos do meu dicionário..

Nenhuma das imagens do meu dicionário guardam significados, as palavras mais meigas agora formam quadros, não intitulam versos, submersos de ideias que outras ideias criam, ondas navegantes defendidas que primaveras escondiam, ventos penetrantes em gestos e gestos, teus.. Prendo a minha presença à formação de um mito, os pensamentos desiguais alimentam as palavras que limito, os sentimentos reais soltam suaves melodias a ritmo, len t o, contra a saudade mas a favor do vento, correndo forte, tão forte, intenso, fecho os olhos e nem penso, sinto o toque macio, ternuras apaixonantes em novas partituras que crio.. afinação, é apenas a base desta canção e as notas, vagueiam soltas, tão meigas, tão próprias, tão.. perdidas no rumo do teu gesto.. As imagens, as palavras, os versos, poemas abstractos, quadros transparentes em significados reais exactos, olhares, pérolas tão puras, luz tão terna em noite escura, tão meigo e fascinante, ritmo suave, olhar de diamante, acorde transposto not