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A mostrar mensagens de novembro, 2005

Lamento final..

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Fintei a luta que escuta o rasgado sabor da lua, pela rua caminhei pé ante pé religiosamente sem ter fé até minha alma ficar nua, a noite escura me protege mesmo que escondida, desprovida do seu luar e é assim que caminho e dedilho aqueles acordes, fortes na sua plenitude, sem jeito nem virtude, com saudade mas sem verdade, com perícia mas sem aquela carícia que tanto me fez sonhar.. È estranho quando se duvida no que mais se acredita, estranho quando se acredita no que se duvida, e pela vida passando, soltando sorrisos sem prévios avisos se disfarça o que da própria alma se consegue esconder sem sequer eu próprio saber se é verdade, mentira, ou apenas o vazio da saudade que a retira por entre suavidades controladas da nossa ira! Rasguei da mente todos os poemas e versos que me magoam, bateu a vontade de soltar à lua todas as palavras suaves e as chaves douradas, outrora amadas, do meu coração, mas não, a ria que todavia me liberta não me permite, insiste em vaguear em minha alma, calm

Não mereço...

Não mereço o lírio, não mereço a rosa, nem sequer mereço as palavras que saem daquela prosa, não mereço o sol, a lua a luz, não mereço o olhar em foco que me seduz, não mereço a luta, não mereço a sensação que meu coração escuta, não mereço nada, não mereço sequer os versos simples de vaga quadra, não mereço tudo, não mereço a protecção do escudo da solidão, não mereço o sonho, a desilusão, não mereço sentir que sorrir é um gesto perdido, em vão, não mereço olhar, não mereço plantar aquela doce fruto e colher o seu amargo paladar, não mereço.. não mereço tanta tanta coisa que da maior parte delas até me esqueço! Não mereço o “mundo” mas o “mundo” também não me merece!