Palavras que pacificam o meu espaço..

Assim.. perco-me em palavras e no gesto, mergulho no infinito e esqueço o resto, grito em toque mudo, ataco o escudo, navego e me afogo, finto o aroma mais meigo ao mesmo tempo que o procuro, acordo, abro os olhos, está escuro, não tenho medo, sou afirmação exagerada em motes de coragem, o primeiro passo da viagem que não sei onde vai dar, o triunfar do destino enfeitado de todo um novo paladar, confuso, fascinante, acorde distante tão perto do que não sei, partitura que não fui em que criei mas interpreto, com afecto, ternura, adormeço em melodia com a noite como cura, onde o olhar se cruza e nos confunde assim, em carinho, oiço o rio, está perto, está frio, caminho desperto, sem pensar, prefiro entregar-me aos momentos que o próprio momento soube criar, suave, tão suave a janela de saída, perdi a chave mas a porta está aberta, para a vida, aberta para os segundos, fechada para tudo o resto..

Não sou poeta, não sou escritor, não sou marinheiro nem navegante no amor, não sou prosa, não sou poesia, não sou a noite nem o nascer do dia, não sou tudo nem sou nada, sou apenas um segundo na noite, outro na madrugada, não sou palavras largadas ao vento em suaves mãos de fada, não sou a critica positiva daquilo que faço, sou apenas o meu próprio mensageiro nas meigas palavras que pacificam o meu espaço..

Comentários

Anónimo disse…
Atão e os sado?
ou os golfinhos, até??
XD

o 2º parágrafo ta brutal!!!

bjs*****
Anónimo disse…
Que intensidade!!! ,,,,,,,,,,,,,,,,,,, pronto, já consigo respirar....

Está lindooo, beijinhossss
Menino, homem, fera, doce, lua e estrela. Você é um quase-falta de tudo. Quer que um sentimento te abandone e ele já quase-foi, mas retornou e hoje quase-vive em você.
Você vive o quase. É o quase. É face da poesia, o sonho doce, o medo amargo. E sendo assim, muitos em um, é que se permite viver o quase. Quase é aquele pouquinho que falta pra vida ser menos ou mais feliz. Quase também é um pouco de tudo ou quase-nada. Viver te permite ser quase, pois tens todos os sentimentos possíveis, vivo entre um devaneio e outro, o sonho místico e o acordar exultante.
Não sei se já foi mais sonhador, hoje é quase-realista. Sente-se fora de si. Sente-se cada vez mais utópico. É a fonte da felicidade e o manifesto de uma dor. Dor esta que não sabe de onde veio e o que pretende, só sabe que consegue se fazer ferido como nunca antes. É a morada do silêncio, este que diz muito a si mesmo sem nenhuma voz. É o desejo da noite, é um amor que pula ao peito com vigor jamais visto. Tocas pedaços de indecisão. Bebes gotas de certezas. Acredita nas suas verdades embora elas às vezes durem tão pouco. É um capítulo enigmático do livro do saber. O medo e a força, a paz e o caos.
Há em ti um torrencial de sentimentos inexplicáveis, que ganham seu ser mesmo chegando de mansinho. Tem a frieza e a ternura não como opostos, mas como grandes aliados. E embora você seja o quase, jamais deixará de ser inteiro, absoluto, intenso.

Um grande beijo...

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